O Portal da Construção Sustentável em colaboração com a Quercus, lançaram um inquérito com o objetivo de perceber se os portugueses consideram a sua casa fria, quente ou confortável.
Dos cerca de mil inquiridos, 74% consideram as suas casas frias no Inverno, 25% dizem que são quentes no Verão e apenas 1% refere que a sua casa e termicamente confortável.
Dos portugueses que apontam ter a sua casa fria no inverno, 35% recorrem a mais roupa e mais equipamentos para se aquecerem, 21% têm equipamentos para esse fim e 20% só fazem uso de mais vestuário.
No caso dos inquiridos que consideram a sua casa fria, 21% referem haver “um aumento significativo” de energia – de quase o dobro – para manter o conforto, 37% dizem não possuir qualquer isolamento em casa, quase a mesma percentagem daqueles que diz não saber se a sua casa possui isolamento (35%).
A maioria habita edifícios construídos entre 1980 e abril de 2004, a maior parte com vidros duplos nas janelas, mas não possuem caixilharias com rutura térmica, “o que de nada adianta a eficiência do vidro”, segundo os ambientalistas.
A Quercus recorda que, em 2003, uma investigação realizada pela Universidade de Dublin concluía que Portugal é um dos países da União Europeia (UE) “onde mais se morre por falta de condições de isolamento e aquecimento nas casas”.
A associação aponta o poder de compra dos portugueses e “a eletricidade mais cara da Europa” para referir ser “natural que tendam a recorrer a apenas mais roupa” para enfrentar o frio em casa.
Para os ambientalistas, deviam ser definidas políticas locais que beneficiem a reabilitação sustentável dos edifícios existentes, apostando no isolamento para que o calor gerado dentro de casa se mantenha.
É também muito importante consciencializar os portugueses que é necessário adotar novos conceitos / sistemas de construção, que sejam mais ecológicos e eficientes.
A Quercus lembra que a eficiência energética, “além de uma necessidade evidente, é uma obrigatoriedade” estipulada na diretiva europeia sobre o desempenho energético dos edifícios.
Por exemplo, a MODIKO® empresa visionária de construção, já consolida este conceito há bastante tempo, através da “MODIKOPassive House”.
Os projetos de construção são rigorosos e têm de cumprir os requisitos definidos pelo “Standard Passive House” (o standard, internacionalmente reconhecido, como o mais exigente em termos de desempenho energético dos edifícios) e, por consequência, cumprir igualmente com o que são os requisitos inerentes à Energy Performance Building Directive (EPBD, 2010) e à regulamentação nacional de conforto térmico e eficiência energética de edifícios.
As “Passive Houses” são construções que detêm um elevado grau de conforto no inverno e no verão, alcançado sem ser necessário recorrer a sistemas de aquecimento ou de ar condicionado adicionais de elevada potência – o edifício mantém tanto no inverno como no verão uma temperatura confortável cerca de 20°C ou inferior a 25°C respetivamente (temperatura de conforto).
Uma Passive House alia, assim, técnicas de construção bioclimáticas e passivas (bom isolamento, uso de energia solar passiva através dos vãos envidraçados, etc) e um sistema ativo de ventilação (de muito baixo consumo) com recuperação altamente eficiente de calor, do ar utilizado no interior, que ao ser extraído efetua o pré-aquecimento passivo do ar fresco que é insuflado.